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Há um projeto em andamento (fase final já) de destruição total e recolonização do brazil pelo capital estrangeiro.
(O interessante é que nunca deixamos de ser totalmente colônia, mas vá lá...)
Quando denunciávamos o golpe contra Dilma e quando apontávamos a continuidade desse golpe com a prisão criminosa de Lula e a subsequente eleição de bolsonaro, é sobre isso que falávamos.
Há uma mentira fascista que paira há tempo por aqui sob as vestes do discurso liberal: "É preciso cortar gastos, enxugar o estado"...
Ora, ora... como enxugar o estado que não consegue nem levar 100% de saneamento básico à sua população? Nosso maior patrimônio é o povo brasileiro, sua força, sua cultura...
O Estado não gasta com seu povo, ele investe, ele semeia futuro com infraestrutura, educação, trabalho, justiça social, inclusão. Essa “política de austeridade” só interessa aos donos do grande capital rentista (cassino financeiro / paraíso fiscal)
O projeto necropolítico de bolsonaro, pregando armas ao invés de vacina, destruição do meio ambiente ao invés de preservação e de respeito aos povos originários, os discursos de violência, o enaltecimento da tortura e da morte sempre foram o lado militar/miliciano dessa política liberal de Paulo Guedes (o príncipe da Faria Lima) que, aliás, foi criado pelo puro leite fascista de Pinochet.
Sim, a gente já sabia de disso tudo. Era só estudar um pouquinho de história brasileira e da América Latina. Não é porque professores, intelectuais, poetas são superiores... Mas porque somos o tipo de gente que sempre quis saber disso (ao invés de perder tempo com a propaganda cretina das pirâmides engana-trouxas no mercado financeiro, as betinas, os empíricus e quetais).
A gente sempre soube que gente decente investe em gente, em formação de gente. E sempre soubemos que quem quer "matar", "fuzilar" ou mandar gente "prá ponta da praia" só poderia proporcionar mais sofrimento e colonização para nosso país.
Claro, não previmos o coronavírus. Mas a pandemia apenas deu mais eficiência aos efeitos de uma política colonizatória e necropolítica.
Perdoar quem apostou neste projeto?
Não se trata de perdoar. Se trata de acreditar que só é possível existir uma nação quando as pessoas daqui tomarem consciência de que é investindo em gente que se cria um país. Quando acabar com esse papo cretino de "teto de gastos", "diminuir o estado", "reformas para enxugar o estado"...
Quem sou eu (ou nós) para crermos que alguém quer nosso perdão? O que precisa é mudança e ação.
Autocrítica não se exige. O povo, a classe média, nossa direita canalha que chore no chuveiro e se vire com seus fantasmas... Mostra na próxima eleição e vota num professor, num líder de movimento social, numa mina feminista, sem medo de ser feliz... sem esse papinho de "escolha difícil".
Acho que isso vai acontecer? Não. Não acredito.
Acho que o brazil resolveu cavar sua cova e, pelo que conheço da cultura da desfaçatez de nossas elites e de nossa classe média, essa autodestruição não vai acabar agora... (Acho que só vai mudar de rosto).
Ah... claro... elite canalha, classe média podre e uma galera do povão que pensa que é (ou ainda conseguirá ser) classe média, né?....rs.
....
Sei que alguns não gostaram de minha opinião quando incentivei que as pessoas que pudessem sair do país, assim o fizessem. Eu mesmo não pretendo sair daqui (expatriação é uma ideia que dói demais prá mim...)
Mas acho sim que os mais jovens que estão começando suas carreiras acadêmicas devem colocar essa hipótese na balança: sair daqui rumo a um país que valorize a ciência e o conhecimento pode ser fundamental para a formação do pesquisador e, de quebra, poderia auxiliar numa futura reconstrução do país, futuramente. De fora seria possível articular forças, conhecimentos e instituições que alavancariam mudanças sensíveis por aqui.
Sair do brazil é necessário. Penso que hoje muitos saímos do brazil, mesmo morando dentro dele. Meu sorriso pelas manhãs é esse sorriso: de quem saiu mesmo morando dentro.
A questão maior é o brazil que não sai da gente.
Talvez só saindo
do brazil
(mesmo de dentro
do brazil)
para que dentro
da gente,
possa o Brasil nascer.
(Mania de ter esperança... essa metadoença que não me larga)
...mas por hora, só há mesmo destruição
...e me desculpem: otimismo, só prá daqui uns 25 anos
(pelo menos).
Abraços,
F.
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P.S.: Esta reflexão dialoga com a seguinte notícia:
"Com orçamento 21% menor, UFSCar avalia suspender atividade"
(Jornal Primeira Página 16/05/2021)

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